PagBank distribui R$ 250 milhões em dividendos após crescimento de 6% no lucro do 1T25
Entre janeiro e março, o PagBank viu sua carteira de crédito crescer 34%, alcançando R$ 3,7 bilhões

O PagBank anunciou nesta terça-feira, 13, a distribuição de aproximadamente R$ 250 milhões em dividendos a seus acionistas, marcando a primeira vez que a companhia realiza esse tipo de pagamento. A decisão acompanha a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, quando o banco digital registrou um lucro líquido recorrente de R$ 554 milhões, alta de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O valor ficou levemente abaixo da média das projeções de analistas, que apontava para R$ 558,9 milhões, segundo dados compilados pela LSEG. Ainda assim, o lucro por ação atingiu R$ 1,72, representando um avanço de 14% na comparação anual. A empresa reafirmou sua projeção de crescimento do lucro por ação entre 11% e 15% neste ano, mas o diretor financeiro, Artur Schunck, ponderou que uma eventual revisão dependerá do comportamento dos negócios diante do atual patamar de juros, aguardando especialmente o pico da Selic.

Entre janeiro e março, o PagBank viu sua carteira de crédito crescer 34%, alcançando R$ 3,7 bilhões. O índice de inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 2,3%, sinalizando controle de risco. Já o volume total processado de pagamentos (TPV) chegou a R$ 129 bilhões, um aumento de 16% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A métrica de “cash in”, que mede o engajamento dos usuários na plataforma bancária, somou R$ 83 bilhões, alta de 26% no período.

Ao fim de março, a base de clientes do PagBank chegou a 32 milhões, sendo 17,7 milhões ativos. A receita líquida da empresa foi de R$ 4,9 bilhões no trimestre, avanço de 13% na comparação anual e dentro das expectativas de mercado.

Além da distribuição de dividendos — equivalente a US$ 0,14 por ação, com pagamento previsto para 6 de junho — a companhia também segue executando seu programa de recompra de ações. Segundo Schunck, 75% do programa atual já foi concluído, com R$ 353 milhões em papéis adquiridos até março. Ele adiantou que, com o avanço da execução, uma nova rodada de recompras pode ser lançada.

 

A política de dividendos, de acordo com o executivo, visa oferecer mais uma alternativa de retorno ao investidor, apoiada no excesso de capital disponível na companhia. A empresa planeja manter a distribuição anual de cerca de 10% do lucro líquido, consolidando uma estratégia de remuneração recorrente aos acionistas.

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