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O Nubank anunciou nesta terça-feira, 13, um lucro líquido de 557,2 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 74% em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando os efeitos do câmbio. As receitas totais da fintech somaram 3,2 bilhões de dólares, avanço de 40% na comparação anual, impulsionadas principalmente pelas linhas de crédito e pelos cartões.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 27% no trimestre, refletindo o amadurecimento do modelo de negócios. No Brasil, onde a operação é mais consolidada, o lucro líquido foi de 560 milhões de dólares e o retorno atingiu impressionantes 48%. O lucro líquido ajustado global alcançou 606,5 milhões de dólares.
O banco digital encerrou março com 118,6 milhões de clientes em seus três mercados de atuação: Brasil, México e Colômbia. Apenas nos três primeiros meses do ano, foram adicionados 4,3 milhões de novos usuários. No Brasil, o número de clientes chegou a 104,6 milhões. Segundo o diretor financeiro, Guilherme Lago, o Nubank já atende 60% da população adulta brasileira, 12% da mexicana e 8% da colombiana.
Nas linhas de negócios, o cartão de crédito registrou alta de 40% em relação ao mesmo período de 2024. Já a originação de crédito pessoal cresceu 64%, alcançando um volume recorde de 17,3 bilhões de reais no trimestre. Por outro lado, houve alta na inadimplência de curto prazo (entre 15 e 90 dias), que passou de 4,1% em dezembro para 4,7% em março. A inadimplência de longo prazo (acima de 90 dias) caiu de 7% para 6,5%. Segundo Lago, o aumento nos calotes de curto prazo já era esperado por conta da sazonalidade do início do ano.
O CEO e fundador do Nubank, David Vélez, destacou no balanço que o banco segue crescendo com equilíbrio entre “ousadia e disciplina”, aproveitando oportunidades de mercado. Ele também ressaltou o alto nível de engajamento dos clientes: o Nubank tem 98,7 milhões de usuários ativos mensais e uma taxa de atividade superior a 83%.
No exterior, o banco continua expandindo com rapidez. No México, alcançou 11 milhões de clientes, alta de 91% em um ano. Os depósitos cresceram 18% em relação ao trimestre anterior, somando 5,4 bilhões de dólares. Na Colômbia, o número de clientes chegou a 3 milhões e os depósitos aumentaram 30%, para 1,8 bilhão de dólares. Os dados consideram uma base neutra de câmbio.