PVBI11 recua após China Construction Bank anunciar saída de lajes comerciais na Faria Lima
Embora a notícia tenha provocado reação imediata entre os investidores, a gestora afirmou que a desocupação já estava no radar do fundo

O fundo imobiliário VBI Prime Properties (PVBI11) iniciou a semana sob pressão negativa, após a gestora Pátria VBI informar que o China Construction Bank, um dos maiores bancos da China, decidiu rescindir antecipadamente o contrato de locação de espaços comerciais no edifício FL 4.440, situado na valorizada região da Faria Lima, em São Paulo.

De acordo com o comunicado divulgado ao mercado, o banco asiático ocupa atualmente lajes nos 2º, 4º e 5º andares, somando uma área bruta locável de 6.239,93 m². A desocupação deverá ocorrer em maio de 2025, respeitando o aviso prévio mínimo de 30 dias, conforme previsto contratualmente.

Embora a notícia tenha provocado reação imediata entre os investidores, a gestora afirmou que a desocupação já estava no radar do fundo. No relatório gerencial de fevereiro, o PVBI11 havia alertado sobre a possibilidade de devoluções no ativo, destacando o monitoramento constante da ocupação do FL 4.440.

A Pátria VBI reforçou que o imóvel em questão é considerado um ativo de alta liquidez, localizado em um dos endereços corporativos mais valorizados do país. Isso deve mitigar os impactos negativos da vacância temporária, especialmente durante o período de carência entre a saída do atual inquilino e a entrada de um novo locatário.

Atualmente, o fundo registra uma vacância física de 15,4% e vacância financeira de 15,7%, números que podem se elevar com a saída do banco chinês, mas que ainda se mantêm dentro dos níveis aceitáveis para ativos de alto padrão no setor corporativo.

O mercado, no entanto, reagiu de forma cautelosa. As cotas do PVBI11 encerraram o pregão desta segunda-feira (7) em queda de 1,79%, cotadas a R$ 76,76. No acumulado dos últimos 12 meses, o fundo apresenta uma desvalorização superior a 24%, refletindo as incertezas do setor e o impacto de desocupações recentes.

 

A expectativa agora gira em torno da velocidade com que o fundo conseguirá reocupar os espaços vagos e retomar a geração de receita, mantendo a atratividade do portfólio e restaurando a confiança dos cotistas no médio prazo.

redacao
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