Views
O diretor de Política Monetária do Banco Central e futuro presidente da instituição, Gabriel Galípolo, afirmou que o BC ainda está analisando os possíveis efeitos do imposto mínimo de 10% proposto pelo governo sobre a precificação de ativos isentos de Imposto de Renda. A proposta, apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estabelece a cobrança para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano, considerando todas as rendas, como dividendos e investimentos isentos de IR, como poupança, LCI, LCA e fundos de infraestrutura.
Galípolo explicou que o imposto não incidirá diretamente sobre esses produtos, mas eles serão incluídos no cálculo para verificar se há complementação a ser paga. O mercado teme que a medida afete os preços desses ativos, que registraram crescimento de 10,3% entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, totalizando R$ 1,18 trilhão, segundo a Anbima.
Galípolo destacou que a discussão sobre o imposto será ampla e transparente ao longo de 2025, mas que ainda é cedo para prever seus impactos. "Estamos analisando os números e ajustando projeções para entender como essas mudanças estruturais podem influenciar o mercado", afirmou.