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O Ibovespa operou em baixa na sexta-feira, 31, após-feriado de Corpus Christi, durante o último pregão de maio. O índice referência da bolsa de valores brasileira recuou 0,50%, a 122.098 pontos, levando a uma queda de 3% no mês, em meio a incertezas internas, principalmente relacionadas ao ciclo de corte nos juros, e a falta de gatilhos que atraiam os investidores.
Entre as maiores altas de maio estiveram JBS, Marfrig, Vamos, BRF e Engie Brasil. As empresas do setor de carnes ganharam impulso nos últimos meses. A JBS foi alavancada com perspectivas mais favoráveis, após resultados trimestrais, sendo um dos destaques mencionados em relatório do Santander.
Para a BRF, da mesma forma, o processo de reestruturação também chamou a atenção, com a expectativa de melhorias nas margens. O Bank of America (BofA) chegou a elevar a recomendação da companhia de underperform para neutra. A Marfrig, que possui fatia superior a 50% na BRF, seguiu na mesma linha, ainda que o mercado de carne bovina americano siga impactando os indicadores.
Em relação à Vamos, o banco Morgan Stanley citou, em relatório, que o mercado de aluguel automotivo deve se recuperar da ressaca pós-pandemia. Enquanto isso, o resultado da Engie foi impactado pela venda parcial da participação na TAG, mas analistas esperam crescimento e recuperação diante de novos projetos de geração e transmissão de energia.
Já as maiores baixas de maio foram de IRB, Petz, Yduqs, Suzano e 3R Petroleum. O balanço do IRB foi elogiado por analistas, diante de melhor rentabilidade, mas preocupações relacionadas ao desastre no Rio Grande do Sul pressionaram os papéis. Enquanto isso, dados trimestrais motivaram recuo das ações da Petz, com queda anual de 64,1% no lucro líquido ajustado no primeiro trimestre. No critério contábil, o resultado líquido ficou negativo em R$51 milhões, contra ganho de R$6,8 milhões apurado um ano antes.
A companhia do setor educacional Yduqs teve recomendação cortada para "neutra" pelo Citi neste mês. Para Suzano, as ações sofreram pressão com falta de visibilidade de sua estratégia de alocação de capital e as notícias divergentes sobre um possível acordo para aquisição da International Paper segue no radar dos investidores. A 3R Petroleum reverteu lucro e registrou prejuízo de R$229,9 milhões no primeiro trimestre deste ano. Além disso, o Conselho de Administração da junior oil aprovou a incorporação da Enauta.
(Investing)