A XP Inc. (XPBR31) superou novamente a marca de R$ 1 bilhão de lucro trimestral, ao registrar um resultado positivo de R$ 1,03 bilhão entre janeiro e março de 2024 (1T24), avanço de 29% na comparação com o 1T23 e recorde para um primeiro trimestre. A companhia divulgou seus números nessa terça-feira (21), reforçando o impulso obtido com novas verticais de negócios e o controle de custos, apesar dos juros básicos da economia – a taxa Selic – ainda estarem na casa dos dois dígitos.

O lucro antes de impostos (EBT) também foi recorde para um primeiro trimestre, saltando 33% em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 1,08 bilhão. Com isso, a margem EBT subiu 0,9 ponto percentual ano contra ano – de 26% para 26,9% – como consequência da gestão de despesas.

A receita líquida atingiu R$ 4,05 bilhões, com um avanço anual de 29%, enquanto a receita bruta foi de R$ 4,27 bilhões, um aumento de 28% em relação ao 1T23. De acordo com a companhia, o crescimento foi impulsionado pela vertical de “Grandes Empresas e Mercado de Capitais”, que ultrapassou os R$ 509 milhões – 91% acima do ano passado. A receita da vertical “Institucional”, por sua vez, somou R$ 354 milhões, alta anual de 7%.

A receita do varejo alcançou R$ 3,13 bilhões, crescimento de 22% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nesse segmento, a Renda Fixa segue como destaque de crescimento, com um salto de 112% na comparação anual, atingindo R$ 704 milhões de receita no trimestre. Já Cartões tiveram avanço de 45%, para R$ 297 milhões.

A XP reforça ainda que, mesmo em um cenário de juros em patamares elevados, a frente de Renda Variável continua responsável por mais de R$ 1,12 bilhão na receita bruta, aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os ativos sob custódia de clientes totalizaram R$ 1,14 trilhão no 1T24, crescimento de 20% na base anual e de 2% na trimestral. O crescimento anual foi impulsionado por ingressos líquidos de R$ 103 bilhões e valorização de mercado de R$ 84 bilhões. No 1T24, a captação Líquida foi de R$ 15 bilhões e a captação líquida do varejo foi de R$ 13 bilhões, 7% superior em relação ao trimestre anterior. Os clientes ativos cresceram 16% na base anual e 1% trimestre a trimestre, totalizando 4,5 milhões nos primeiros três meses deste ano.

As despesas administrativas gerais tiveram avanço de 36%, a R$ 1,4 bilhão. O índice de eficiência – relação entre as despesas administrativas, de vendas e gerais e a receita líquida – dos últimos doze meses foi de 36,5%, de 40,4% um ano antes, próximo aos menores patamares desde o IPO, com a XP apontando que o resultado reforça o foco do grupo em disciplina de custos.