Views
O economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-diretor do Banco Central, Mario Mesquita, afirmou nesta quarta-feira (28) que não vê nenhum espaço para corte da Selic em 2024. Segundo ele, "o Banco Central precisará manter os juros elevados por mais tempo para controlar as expectativas de inflação, que seguem desalinhadas da meta."
Mesquita destacou que, mesmo em 2026, o risco maior é de o corte de juros ser postergado, e não antecipado. Para ele, fatores como a valorização do real ou a queda nas commodities poderiam influenciar positivamente a inflação, mas ainda são insuficientes para justificar uma mudança na política monetária neste momento.
O economista acredita que o ciclo de cortes só deve começar em 2025, possivelmente no segundo trimestre. Segundo ele, o Banco Central já encerrou o ciclo de alta, mas o cenário atual exige cautela e manutenção da taxa básica por um período prolongado.