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O cenário continua desafiador, com pressões sobre a inflação e dúvidas sobre o compromisso do governo com ajustes fiscais
As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) tiveram alta expressiva nesta terça-feira, refletindo o crescimento de 0,9% do PIB no terceiro trimestre, indicando uma economia aquecida, e a desconfiança sobre o pacote fiscal do governo Lula.
Principais Movimentos:
- Curva de Juros: A taxa do DI para janeiro de 2027 subiu 27 pontos-base, atingindo 14,345%, enquanto o contrato para janeiro de 2031 avançou 32 pontos-base, alcançando 14%.
- Selic: O mercado precifica uma chance de 25% de alta de 100 pontos-base na próxima reunião do Copom, contra 75% de chance de elevação de 75 pontos-base. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano.
Contexto Econômico:
- Crescimento do PIB: Apesar de estar dentro das expectativas, o avanço do PIB reforça a visão de que a economia opera acima de sua capacidade, pressionando a inflação.
- Pacote Fiscal: O corte de R$ 71,9 bilhões em despesas anunciado pelo governo foi ofuscado pela proposta de isenção de Imposto de Renda para rendas acima de R$ 5 mil, aumentando a desconfiança do mercado.
Reações:
- Mercado: Analistas avaliam que o pacote fiscal é apenas uma resposta à pressão, e não um compromisso firme com equilíbrio fiscal.
- Tesouro Nacional: Apesar de um superávit primário de R$ 40,8 bilhões em outubro, o segundo maior da série histórica, o mercado segue preocupado com a sustentabilidade fiscal a longo prazo.
O cenário continua desafiador, com pressões sobre a inflação e dúvidas sobre o compromisso do governo com ajustes fiscais.