O Master apresentou nesta terça-feira (9) alguns planos alternativos ao Banco Central, depois de o regulador barrar a operação de compra do Banco de Brasília (BRB). Segundo apuração do Valor, as propostas ainda não estão finalizadas e, por isso, não houve protocolo formal de um novo pedido de aquisição.
Nos últimos dias, tanto Master quanto BRB já vinham sinalizando que não recorreriam da decisão e dificilmente pediriam reconsideração ao BC. A possibilidade de estruturar uma nova operação em formato diferente não está descartada, mas analistas avaliam que as chances de aprovação continuam reduzidas.
O controlador do Master, Daniel Vorcaro, se reuniu com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enquanto o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, conversou com os diretores de fiscalização e de organização do sistema financeiro, Ailton de Aquino Santos e Renato Gomes.
Fontes próximas à negociação afirmam que, em caso de nova tentativa, o processo seguiria os prazos regulamentares de avaliação, e não um rito emergencial. “A reunião foi produtiva, o Master tem vários planos, mas ainda precisa amadurecer as propostas. O banco ficou de pé nos últimos meses, mesmo durante um período sombrio, e tem condições de esperar mais”, disse um interlocutor.
Apesar disso, especialistas apontam que a instituição provavelmente precisaria recorrer novamente ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para assegurar liquidez enquanto aguarda o aval do BC. Em maio, o Master já havia obtido R$ 4 bilhões do fundo. A dificuldade é que, segundo executivos do setor, não há disposição do FGC em liberar novos recursos. “Analisando o fluxo de caixa recente do Master, precisamos entender o papel do FGC e o que ainda resta da primeira linha”, afirmou um banqueiro.
