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As exportações do agronegócio brasileiro fecharam os primeiros quatro meses de 2025 com resultados positivos em termos de receita, mas a soja, principal produto da pauta, sentiu o impacto da queda nos preços internacionais.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Agricultura, as vendas externas de soja geraram 14,6 bilhões de dólares entre janeiro e abril — um recuo de 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda ocorreu apesar do leve aumento no volume exportado, que subiu 1,8% e totalizou 37,4 milhões de toneladas.
O desempenho foi puxado principalmente pela China, que importou 27,7 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira — cerca de 2 milhões a mais do que no ano anterior. A participação do país asiático cresceu no total embarcado, enquanto os envios para outros destinos subiram apenas 650 mil toneladas no mesmo período.
Já o setor de carnes apresentou resultados mais robustos. As exportações brasileiras cresceram 10,9% em volume, chegando a 3,3 milhões de toneladas. A receita com essas vendas aumentou ainda mais: 20,6%, alcançando 9,2 bilhões de dólares no quadrimestre.
A China também continua sendo o maior destino para as carnes brasileiras, com 647,9 mil toneladas importadas — uma leve alta frente às 642,4 mil toneladas registradas no mesmo período de 2024.
Em abril, o total das exportações do agronegócio brasileiro somou 15,03 bilhões de dólares, alta de 0,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O crescimento veio da combinação entre preços internacionais mais elevados em algumas cadeias e uma leve redução no volume embarcado.
No acumulado de janeiro a abril, o setor exportador do agronegócio arrecadou 52,7 bilhões de dólares, com avanço de 1,4%. Mesmo com oscilações nos preços e na demanda global, o Brasil segue consolidado como líder mundial nas exportações de soja, carne bovina e de frango.
(Com informações da Reuters)