Segundo a XP, o consumo das famílias segue resiliente, mesmo com inflação elevada e política monetária restritiva, devido à força do mercado de trabalho e medidas governamentais. A Suno Research e outros analistas reforçam que o avanço das vendas também reflete a recuperação da indústria e dos serviços, e que o impacto dos juros altos deve ser parcialmente compensado por políticas de estímulo e crédito.
O Goldman Sachs destacou crescimento em 8 dos 10 setores avaliados, com alta expressiva em livros e jornais, e retração apenas em combustíveis (-2,1%) e móveis/eletrodomésticos (-0,4%). Os dados indicam melhora em segmentos ligados à renda e crédito, como alimentos e vestuário.
No acumulado do trimestre, o varejo ampliado cresceu 1,6%, puxado por veículos (+1,7%) e materiais de construção (+0,6%). A expectativa para o restante de 2025 é de moderação no ritmo de crescimento, diante da redução de estímulos e das condições financeiras mais apertadas.
Ainda assim, instituições como PicPay e Goldman Sachs projetam que o consumo continuará firme, sustentado pela alta da renda real, transferências a famílias de baixa renda e novos programas de crédito. A XP mantém a previsão de alta de 1,5% no PIB do 1º trimestre e crescimento de 2,3% para o ano.