A Gol registrou lucro líquido de 1,37 bilhão de reais no primeiro trimestre de 2025, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (15). Apesar do número positivo, o resultado representa uma queda expressiva de 63,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando a companhia havia lucrado 3,78 bilhões de reais.
A empresa segue em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o chamado Chapter 11 — um mecanismo que permite reestruturação financeira enquanto mantém as operações em andamento.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 1,23 bilhão de reais, praticamente estável em relação ao ano anterior, com leve recuo de 0,2%. A margem Ebitda foi de 22%, uma queda de 4,3 pontos percentuais.
Por outro lado, a receita líquida cresceu 19,4% e chegou a 5,62 bilhões de reais. Desse total, 5,09 bilhões vieram do transporte de passageiros, enquanto 529 milhões foram gerados por carga e outras atividades.
Segundo a companhia, o trimestre foi marcado por um ambiente macroeconômico desafiador, com forte influência da variação cambial. Ainda assim, a Gol destacou avanços em gestão de frota, malha aérea e eficiência operacional como parte de sua estratégia de recuperação.
Os custos e despesas operacionais somaram 5,09 bilhões de reais, alta de 30,4% frente ao mesmo trimestre de 2024. A pressão veio, principalmente, de fatores cambiais e operacionais.
A dívida bruta total da empresa chegou a 33,2 bilhões de reais, um aumento de 40% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pela desvalorização do real e por valores vinculados ao DIP Loan (financiamento obtido durante o processo de reestruturação no segundo trimestre de 2024).
