B3 vê giro maior em ações e boom na renda fixa mas perde empresas na Bolsa
O volume médio negociado em ações subiu 12,5% na comparação com abril de 2024, atingindo R$ 28,8 bilhões por dia

A movimentação na B3 ganhou força em abril, mas o cenário é misto. O volume médio negociado em ações subiu 12,5% na comparação com abril de 2024, atingindo R$ 28,8 bilhões por dia — sinal de que o investidor está mais presente no mercado acionário. Já em relação a março deste ano, houve recuo de 14,4%, mostrando que o ritmo ainda oscila mês a mês.

No segmento de futuros, que inclui contratos ligados a juros, câmbio e commodities, o desempenho foi o oposto: o volume médio caiu 24,1%, para R$ 10,4 bilhões. Ainda assim, a receita por contrato subiu 33,5%, chegando a R$ 1,397, o que ajuda a aliviar o impacto da queda no volume.

A renda fixa, por outro lado, continua em alta. As novas emissões no mercado de balcão somaram R$ 1,697 trilhão, um avanço de 12,2% em um ano. O estoque total cresceu 23,3%, alcançando R$ 7,993 trilhões — números que confirmam o apetite por papéis mais seguros em meio à instabilidade econômica.

No Tesouro Direto, o número de investidores segue em expansão: já são 2,98 milhões de pessoas, um salto de 15,3% em relação ao ano passado.

Mas nem tudo é avanço: o número de empresas listadas na Bolsa encolheu, de 443 para 423 companhias. E a capitalização média de mercado também recuou 4%, ficando em R$ 4,33 trilhões.

 

Com mais dinheiro girando em ações e renda fixa, mas menos empresas abrindo capital, a fotografia da B3 mostra um mercado mais movimentado — porém mais seletivo e cauteloso.

redacao
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