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Um estudo realizado pela Koin, em parceria com o instituto Datafolha, aponta que o Pix está consolidado como o principal meio de pagamento digital no Brasil — e agora começa a se destacar também como ferramenta de acesso ao crédito. A pesquisa revela que o Pix Parcelado, modalidade que permite dividir compras sem necessidade de cartão, cresce como alternativa popular entre consumidores com pouco ou nenhum acesso ao crédito tradicional.
Segundo os dados, o Pix já é o principal instrumento financeiro de 33 milhões de brasileiros que nunca haviam feito transferências eletrônicas antes da sua criação. Em apenas um ano, o volume transacionado pelo sistema saltou de R$ 1,7 trilhão para R$ 2,4 trilhões. O número de chaves ativas ultrapassou 800 milhões. No comércio eletrônico, o Pix já representa cerca de 30% das transações.
A modalidade parcelada vem despertando interesse, especialmente entre lojistas. Embora apenas 33% dos varejistas afirmem conhecer o Pix Parcelado, 72% dizem estar dispostos a adotá-lo. O principal motivo é a possibilidade de oferecer crédito a consumidores que não têm cartão ou têm limite reduzido. A pesquisa também aponta vantagens como menor risco de inadimplência para os vendedores e mais flexibilidade de pagamento para os clientes.
O modelo é comparado à tendência global conhecida como “Buy Now, Pay Later” (BNPL), mas com características adaptadas à realidade brasileira. A Koin, empresa que atua com soluções de parcelamento via Pix, já negocia parcerias com fintechs e e-commerces na Argentina, Colômbia e México, interessadas em replicar o sucesso do sistema.
A adesão ao parcelamento é forte no Brasil: 80% dos consumidores utilizam essa forma de pagamento, segundo o estudo. Com isso, o Pix Parcelado surge como solução promissora, especialmente em setores como moda, turismo, beleza e cuidados com pets — atendendo a uma parcela da população que busca crédito mais acessível e sem burocracia.