Copel deve manter valorização e dividendos altos, projeta Itaú BBA
Para 2025, o dividend yield da Copel está estimado em 9,1% pelo Itaú BBA, somando um volume de distribuição de R$ 3,42 bilhões

Apesar da forte alta de 37,6% nas ações preferenciais da Copel (CPLE6) desde o início do ano, o Itaú BBA acredita que ainda há espaço para valorização adicional e pagamento de dividendos elevados. Em relatório divulgado nesta quinta-feira (29), o banco revisou suas projeções para a companhia e elevou o preço-alvo dos papéis para R$ 13,60 ao final de 2025, o que representa um potencial de alta de cerca de 8% em relação à cotação atual.

Segundo o analista Filipe Andrade, a Copel apresenta uma combinação atrativa de retorno, unindo perspectiva de ganho com valorização das ações e distribuição de dividendos robustos. Ele afirma que a nova política de dividendos anunciada em maio permite o pagamento de proventos elevados de forma recorrente, sem comprometer a sustentabilidade financeira da empresa. O banco projeta dividend yield de 9,1% em 2025, com distribuição de R$ 3,42 bilhões, e de 11,7% em 2026, com R$ 4,39 bilhões em proventos.

Entre os catalisadores de curto prazo, o Itaú BBA destaca a possível migração da Copel para o Novo Mercado da B3, o que pode elevar a liquidez das ações. O relatório estima que a liquidez média diária dos papéis pode saltar de R$ 235 milhões para R$ 299 milhões, caso ocorra uma relação de troca entre ações ordinárias (CPLE3) e preferenciais (CPLE6) de aproximadamente 1 para 1,1. Nesse cenário, a participação da BNDESPar, que hoje detém 31,2% da CPLE6 e 10,1% da CPLE3, deve crescer, enquanto a do Estado do Paraná, com 27,6% da CPLE3 e 6,9% da CPLE6, tende a encolher.

Outro fator positivo é o avanço na contratação de energia pela companhia. O banco observa que a Copel assinou novos contratos em condições vantajosas, com preços acima da média de mercado, o que deve se refletir em maiores receitas no futuro. A análise incorpora uma elevação na estimativa de preço de energia de longo prazo, de R$ 150 para R$ 160 por megawatt-hora, apoiada na expectativa de que os valores convergirão para um custo marginal de expansão mais elevado devido aos riscos inerentes às fontes renováveis.

O relatório conclui que a Copel oferece atualmente uma das melhores perspectivas para investidores interessados em dividendos generosos e crescimento no preço das ações, especialmente em um cenário de melhora na curva de preços de energia e avanço na governança corporativa com a eventual entrada no Novo Mercado.

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