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Em meio ao processo de reestruturação financeira, a Azul anunciou uma nova oferta pública de ações preferenciais, com direito a bônus de subscrição. A operação, protocolada junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), será uma oferta primária — ou seja, composta por novos papéis — e tem previsão de definição para o próximo dia 23 de abril.
A emissão inicial prevê a distribuição de 450 milhões de ações preferenciais, com possibilidade de ampliação em até 155%, alcançando 697,9 milhões de papéis. Considerando o preço fixado de R$ 3,58 por ação, a operação pode movimentar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 4,1 bilhões, dependendo da demanda do mercado.
Como atrativo adicional, a Azul oferecerá um bônus de subscrição para cada ação adquirida, o que pode aumentar o interesse de investidores e garantir maior adesão à captação.
A operação tem como objetivo principal reforçar o caixa da companhia aérea e viabilizar a equitização obrigatória de parte das notas de dívida com cupom de 11,5% e vencimento em 2029. Conforme descrito na ata da reunião do conselho, a operação prevê a conversão compulsória de parte do valor principal dessas notas em ações da nova emissão.
A oferta será coordenada por três grandes instituições financeiras: UBS BB, BTG Pactual e Citi. A iniciativa faz parte da estratégia da Azul para reduzir o endividamento, melhorar sua estrutura de capital e atrair novos investidores em um momento-chave de sua recuperação financeira.