A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) projeta uma leve recuperação na margem de lucro das companhias aéreas da América Latina para 2025, estimando um aumento de 2,1% para 2,4%. Apesar da melhora, a margem da região continua sendo uma das menores globalmente, impactada pela desvalorização cambial que encarece custos dolarizados, como combustível e leasing de aeronaves.
No panorama global, a média de margem de lucro prevista para a indústria da aviação em 2025 é de 3,6%, com a Europa liderando entre as principais regiões, com uma margem projetada de 4,4%, seguida pelos EUA com 4,2%. Por outro lado, a Ásia-Pacífico, maior mercado aéreo mundial, enfrenta uma recuperação mais lenta dos efeitos da pandemia e deve registrar uma margem de apenas 1,4% no próximo ano.
Na América Latina, a melhora nas margens está atrelada à reestruturação de dívidas em andamento nas grandes companhias aéreas, com destaque para a saída da Gol do processo de recuperação judicial nos EUA (Chapter 11). Esse movimento é visto como um fator importante para estabilizar as finanças do setor na região.
Por outro lado, a demanda de passageiros na América Latina deverá crescer 8% em 2025, superando a média global de 6,7%. A região ficará atrás apenas da Ásia e do Oriente Médio, que devem registrar crescimentos de 11,7% e 9,5%, respectivamente. Nos EUA, o aumento da demanda deve ser mais modesto, com 4%, enquanto a Europa terá um crescimento de 7%. Na África, a projeção está alinhada com a América Latina, também com 8%.
Embora a recuperação seja promissora, os desafios permanecem significativos para as companhias aéreas da América Latina, especialmente no que diz respeito à instabilidade econômica e aos custos dolarizados. Ainda assim, o crescimento da demanda regional indica um potencial de longo prazo para o setor.
