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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acionou a Justiça na segunda-feira (24) para denunciar dois hackers de terem invadido os sistemas do Banco de Brasília (BRB) em outubro do ano passado e pedir resgate de 50 bitcoins, avaliados na época em cerca de R$ 5 milhões.
Os suspeitos foram presos em janeiro deste ano pela Polícia Civil de São Paulo, durante a operação “Black Hat”, com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal.
As investigações foram conduzidas pelo Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber), departamento do MPDFT, que acusa os dois homens de serem os responsáveis pela invasão, bem como “chantagear os gestores da instituição, conforme explica o comunicado do MPDFT.
“Após capturarem clandestinamente as informações dos clientes da instituição financeira, os denunciados passaram a extorquir os gestores do BRB, com a ameaça de divulgar os dados sigilosos na imprensa e na deepweb”, diz um trecho da publicação.
Estratégia dos hackers
Na época, os agentes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do DF (PCDF), orientaram os funcionários do banco a não fazerem nenhum tipo de pagamento. Os bitcoins exigidos na ocasião valiam em torno de R$ 5 milhões, ressalta a nota.
Os suspeitos são acusados dos crimes de extorsão, invasão de dispositivo informático e associação criminosa. De acordo com o MPDFT, os acusados podem pegar até 26 anos e cinco meses de prisão e multa por danos morais e coletivos, estipulada pelo Ncyber em R$ 500 mil.
O MPDFT não descreve a forma de como os cibercriminosos realizaram as ações, mas geralmente eles usam ferramentas maliciosas como o phishing, que pode e ser aplicado por exemplo através de um email contendo um link malicioso, ou por meio de ransomware, que é um tipo de malware que criptografa os dados sequestrados.