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Em 14 das 50 maiores cidades do país que fazem parte do indicador Índice FipeZAP+ , o reajuste acumulado no ano passado superou a inflação projetada de 9,68%, medida pelo IPCA, do IBGE.
Em cinco das dezesseis capitais monitoradas, a variação do preço médio dos imóveis ficou muito acima dos 10% em 2021. A maior alta foi registrada em Vitória, no Espírito Santo, com quase 20% (19,86% no dado mais exato), seguida por Maceió, em Alagoas, com 18,50%.
Segundo especialistas, a alta expressiva de 5,29% e acima desse percentual pode ser creditada a uma conjunção de fatores.
Na ótica da oferta, a pressão nos custos de construção, principalmente de insumos como aço e outros materiais metálicos, materiais hidráulicos e madeira, todos com alta acima de 20% no ano.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), da FGV, que serve como balizador dos preços da indústria da construção, encerrou 2021 em alta de 14,03%; o subíndice de materiais e equipamentos avançou ainda mais, 24,37%.
Na ótica da demanda, o mercado apresentou números recordes de vendas ao longo ano em razão das menores taxas de juros da história – embora em trajetória de alta no segundo semestre, acompanhando a alta da Selic – e do apetite ainda forte das classes de alta e média-alta renda, que conseguiram preservar renda a despeito do baixo crescimento do país.
Os números do Índice FipeZAP+ no fechamento de 2021 mostraram ainda que as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro seguem com os maiores preços médios do metro quadrado para venda, apesar da alta mais tímida ao longo do ano: 9.708 reais e 9.650 reais no último mês do ano, respectivamente.
Outro destaque foram cidades do litoral catarinense: Florianópolis e três cidades ao norte -- Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí -- ficaram entre as dez cidades com o maior valor médio do metro quadrado entre as 50 que fazem parte do levantamento da FipeZAP+.